São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994 |
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A missão de resgate
MARCOS FERNANDES
Folha - De quem você já recebeu propostas em apoio ao seu projeto de administração do futebol do Santos? Pelé - Temos cinco empresas multinacionais que nos procuraram. Além diso, já recebemos apoio de empresários como Antônio Ermírio, Olacyr de Moraes, Mário Amato e outros. Folha - O que falta para transformar esse apoio em recursos financeiros para o clube? Pelé - Estamos esperando que os nossos advogados concluam um estudo sobre a atual situação do clube. Depois é que vamos ter a certeza do que é possível oferecer em troca dos apoios oferecidos. Dentro de quatro meses, no máximo, já estaremos cientes da realidade financeira do Santos. Folha - Até lá, o que a torcida pode esperar do time? Pelé - Acho que para os primeiros seis jogos nada pode ser esperado. É até possível que muitas derrotas aconteçam. Mas isso não é o fundamental. Durante vários anos, o torcedor santista foi enganado pelas pessoas que dirigiram o Santos. Comigo, isso vai acabar. Folha - De que forma você pretende fazer isso? Pelé - Revendo contratos publicitários mal feitos, propondo saídas viáveis que não impliquem contratações de medalhões e acabando com essa história de dirigente colocar dinheiro no clube. Folha - O atual presidente, Miguel Kodja, pensou em contratar jogadores com seu próprio dinheiro. Pelé - Se isso acontecer, me afasto do clube. Ele está aflito para resolver os problemas. Mas lembrei a ele que nosso projeto é para dar resultados daqui a dois anos. O meu exemplo é o São Paulo, sinônimo de uma administração que pensa a longo prazo. (MFn) Texto Anterior: O fim da administração Próximo Texto: Redes pagam mais e vão ter a concorrência de TVs a cabo Índice |
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