São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Delegado critica Receita e PF

DA SUCURSAL DO RIO

Para o diretor da DFAE (Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos) da Polícia Civil, delegado Alédio Américo dos Santos, a PF (Polícia Federal) e a Receita Federal não reprimem o contrabando de armas. O delegado disse que as armas contrabandeadas chegam ao Rio pelo aeroporto Internacional.
O superintendente em exercício da PF no Rio, Wantuir Jacini, não quis comentar a declaração de Américo dos Santos. A assessoria de imprensa da PF no Rio informou que a responsabilidade de combater o contrabando é da Receita Federal.
O secretário nacional da Receita, Osiris Lopes Filho, disse ontem no Rio considerar "uma irresponsabilidade" a afirmação do delegado carioca. "Contrabando de armas não passa por alfândega. É um absurdo isso", disse Lopes Filho.
"O setor de inteligência da Receita investiga quais as instituições financeiras que movimentam os recursos obtidos com esta forma de contrabando", disse o secretário.
Niterói
O presidente da Associação Comercial de Niterói, Luís Paulino Moreira Leite, 49, disse ontem que as lojas que vendem armas na cidade serão beneficiadas com a proibição do comércio do produto no Rio. "As lojas da Baixada Fluminense também lucrarão", afirmou.
Para Leite, os comerciantes cariocas não ficarão tão prejudicados. "Quem vende arma em geral trabalha ainda com outros produtos", disse. Ele afirmou que não cabe às prefeituras decidir sobre a concessão de licença para a venda de armas.

Texto Anterior: Lojas desafiam decreto antiarmas no Rio
Próximo Texto: Briga em saída de baile funk mata um no Rio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.