São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994 |
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Praia vira inferno com lotação
SALIM BURIHAM
Depois de enfrentar o trânsito e de pagar até CR$ 500,00 no estacionamento municipal de algumas praias (leia texto ao lado), é a hora de entrar na areia. Doze das 56 praias da região monitoradas pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) estão poluídas por esgoto, segundo relatório de balneabilidade divulgado anteontem. São elas: Grande, Indaiá, Lagoa, Palmeiras, Prainha, Enseada, Pontal da Cruz, São Francisco, Dura, Itaguá, Perequê-Açu e Perequê-Mirim. Sem nenhuma sinalização nas praias, os turistas ficam à mercê de doenças de pele –como micose–, além de infecções gastrointestinais, causadas pela ingestão de água contaminada com esgoto. Além de enfrentar o esgoto na praia, o turista pode ser "atacado" por ele em sua própria casa. É que o excesso de pessoas e a fragilidade na rede de esgoto fizeram, segundo a Cetesb, dobrar o número de casos de esgoto que sobe pelo ralo. Segundo relatório da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o litoral norte tem 62.358 ligações de água e 9.752 de esgoto. Ilhabela tem apenas 72 ligações de esgoto. A Sabesp informou que pretende investir US$ 43 milhões em saneamento básico até 97. O prefeito de Ubatuba, Paulo Ramos (PMDB), 36, afirmou que se não forem feitos investimentos em saneamento básico nos próximos dois anos as principais praias de sua cidade estarão comprometidas. Além do esgoto, as prefeituras têm tido dificuldades na coleta de lixo. Com a temporada, o volume de lixo triplicou nas cidades da região. Para tentar contornar o problema, a Prefeitura de São Sebastião instituiu uma multa de CR$ 10 mil para quem jogar lixo na praia. A fiscalização é feita por guardas ambientais espalhados pelas praias. Texto Anterior: PM prende 2 acusados de matar menor em PE; Sobe para 9 número de mortos em acidente; Polícia prende ladrão de carro-forte em SP Próximo Texto: Ubatuba cobra para estacionar na praia Índice |
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