São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994 |
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Londres tem lobby carnívoro
EVA JOORY
O auge da onda vegetariana aconteceu nos anos 80. Cada vez mais radicais, os vegetarianos alardeavam sua desaprovação contra a matança dos animais. Mas o posicionamento político também dava lugar ao modismo, influenciado por adesões do mundo pop. Em 1985, a banda inglesa The Smiths liderada por Morissey, vegetariano convicto, lançava o seu disco-manifesto "Meat is Murder", cuja música-título abria com um som de uma vaca mugindo. Em seguida foi a vez de Chrissie Hynde, líder e vocalista dos Pretenders, também ingleses, que proibia hambúrgueres e hot-dogs em seus shows, ameaçando não se apresentar. Foi ela também que declarou que gostaria de ver todos os McDonald's destruídos por bombas. Arrependeu-se quando fãs resolveram seguir seu conselho e destruir uma loja da cadeia americana em Londres. Os anos 90 se preparam para assistir a uma guerra acirrada entre vegetarianos e produtores de carne. Na Inglaterra, há um lobby de produtores de carne contra os vegetarianos. O objetivo é provar os benefícios da carne vermelha para a saúde –e, claro, vender mais. Ao custo de US$ 3 milhões (cerca de CR$ 1,2 bilhão), eles acabam de lançar por lá a campanha 'Carne para Viver' (Meat to Live). Texto Anterior: Carne vermelha volta à mesa sem culpas nos anos 90 Próximo Texto: Região de frigoríficos é bairro da moda em NY Índice |
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