São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Niterói reduz a mortalidade infantil

SÉRGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A taxa de mortalidade infantil em Niterói (cidade a 15 km do Rio) em 1993 atingiu o menor dos patamares estipulados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Em 93, a prefeitura local concluiu que morreram 15,8 crianças até um ano de idade por grupo de 1.000 nascidas vivas. A OMS estipula a faixa de zero a 16 óbitos como a mais baixa em termos de mortalidade infantil.
O índice é em parte creditado ao saneamento de favelas. De cinco anos para cá, 17 morros da cidade passaram a ter abastecimento de água e rede de recolhimento de esgotos. Também contribuem para o quadro privilegiado do município a campanha de vacinação e o projeto "Médico de Família", pelo qual os favelados têm assistência médica integral.
Em 1980, era de 42,7 em grupos de 1.000 a proporção de mortes de crianças até um ano em Niterói. Na época, nenhuma favela da cidade dispunha de água limpa nem de tubulações de esgoto, que corria a céu aberto.
A OMS informa que o Brasil registrou 55 mortes em grupos de 1.000 crianças até um ano em 91 (patamar médio). No município do Rio, os óbitos infantis se mantêm semelhantes aos 24 em grupos de 1.000 registrados em 90, diz a gerente do Programa de Atendimento à Criança da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Tereza Costa. "Gostaríamos de apresentar números como os de Niterói, mas ainda não podemos", afirmou ela.
Pelo projeto "Médico de Família", uma dupla formada por médico e auxiliar de enfermagem se dedica em tempo integral a atender até 200 famílias (1.000 pessoas) em quatro morros.

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