São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Aeronáutica forma 120 menores por ano

PLÍNIO FRAGA
DA SUCURSAL DO RIO

A cada ano, a Aeronáutica dá alimentação e formação profissional a cerca de 120 crianças carentes do Rio. Sem verba específica no Orçamento do ministério, contando apenas com a infra-estrutura de quatro bases aéreas e o esforço voluntário de oficiais e sub-oficiais, o Grupo Pró-Menor completou dez anos de um trabalho pioneiro de assistência à criança e passa agora por fase de expansão para sedes da Aeronáutica em outros 16 Estados.
As bases aéreas do Galeão, Santa Cruz, Campo dos Afonsos e a Universidade da Força Aérea recebem cada uma, por ano, cerca de 30 crianças, entre 12 e 18 anos. Elas chegam à Aeronáutica às 7h, tomam café da manhã e partem para uma hora de exercícios físicos. Depois seguem para aulas de reforço escolar, que incluem disciplinas como português, matemática, conduta social, música e serviço social, entre outras.
As 12h, almoçam e vão para as oficinas, onde podem desenvolver atividades de lanternagem, eletricidade, mecânica e manutenção de motores, refrigeração e produção de maquetes de aviões (que são vendidas). As 16h, são dispensadas e seguem para abrigos estaduais e federais de crianças ou para suas casas.
O sargento Carlos Roberto dos Santos é, desde 83, o presidente do Grupo Pró-Menor da base aérea do Galeão, o primeiro surgido na Aeronáutica. Tem cadastradas 920 crianças que esperam na fila para participar dos cursos.
Outras 1.500 crianças participaram do Pró-Menor e estão integradas ao mercado de trabalho. A maioria dos formados deseja seguir carreira militar, segundo Santos. O Pró-Menor dá orientação psicológica e educacional.
Como a alimentação é a mesma dos recrutas, as oficinas existem por necessidade das bases aéreas e a instrução profissional é feita voluntariamente por militares, o custo do Grupo Pró-Menor é quase zero. Não possui destinação de verba do governo.

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