São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Dívida será paga com títulos

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Itamar Franco deve assinar ainda este mês uma medida provisória que vai possibilitar o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço como moeda de privatização e permitir o pagamento, em títulos, de uma dívida de US$ 3 bilhões. O Conselho Curador do Fundo de Garantia é quem decidirá como aplicar esses recursos.
Segundo o ministro Walter Barelli, as centrais sindicais já teriam concordado com a utilização dos títulos para saldar essa parcela da dívida vencida com o FGTS, referente a recursos emprestados ao Fundo de Compensação de Variações Salariais.
"Os US$ 3 bilhões seriam suficientes para comprar umas cinco estatais bem rentáveis", diz Barelli. O ministro acredita que é possível que os restantes US$ 27 bilhões sejam pagos da mesma forma, o que transformaria o FGTS em um grande fundo de capitalização, desde que isso seja do interesse dos trabalhadores. "Se esse fundo de ações for bastante rentável, o trabalhador, em vez de comprar uma casa à prestação, poderia, por exemplo, comprar a casa própria em uma única prestação, à vista", afirmou.

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