São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Mesa confusa provoca ineficiência e cansaço

ADRIANA SALLES GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

"A mesa é o elemento central do lugar de trabalho", diz o consultor dinamarquês Claus Moller em seu livro "O Lado Humano da Qualidade" (editora Pioneira, 177 págs.). Segundo ele, um executivo com uma mesa confusa perde eficiência, qualidade e se cansa mais. Além disso, pode desgastar sua imagem diante de superiores, subordinados e clientes.
Há três regras de ouro para se ter uma mesa organizada. A primeira é assumir que isso é uma obrigação sua e de ninguém mais. A segunda é arrumar a bagunça já acumulada. "Isso pode ser feito em um sábado", diz a ex-secretária Vera Lúcia Stefanov, 40, dona da empresa de consultoria Bibliotec Gerência da Informação. A terceira lei é criar um método para evitar que os papéis se armazenem novamente (veja quadro ao lado).
O método de organização pode ser técnico ou instintivo. Empresários como o publicitário Washington Olivetto, 42, presidente da agência W/Brasil, desenvolveram um jeito próprio de manter a mesa em ordem. "Agências tendem a ser bagunçadas, mas eu tenho fobia disso", diz.
Olivetto montou um ambiente que favorece a organização: divide a mesa com o sócio e vice-presidente Gabriel Zellmeister, 43, o que faz com que um "tenha que respeitar" o outro. Também não há portas entre a sua sala e a da secretária Cecília e ela entra constantemente para recolher o que será arquivado.
Quando trabalha nas campanhas, Olivetto guarda seus esboços embaixo da máquina de escrever. Ele também tem uma cadeira na mesa de cada componente da equipe de criação e resolve os assuntos "in loco", o que evita papelada na sua própria mesa.

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