São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994 |
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Luís Henrique critica Parreira e Romário
MÁRIO MAGALHÃES
Luís Henrique defendeu o fim do esquema tático com dois volantes (meias com função principal defensiva, Mauro Silva e Dunga). "Com os jogadores em boa forma física, não há por que jogar com dois. Basta um". Ele reabre a maior polêmica tática sobre a escalação preferida do técnico Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, em junho, com dois volantes. O jogador chegou ontem ao Rio de Janeiro, onde foi recebido com festa no aeroporto por cerca de 40 torcedores do Fluminense, seu novo clube. Estava na reserva do Monaco, da França. Segundo ele, há revezamento entre os seis estrangeiros do time. Só três podem participar de cada partida. Jogava duas vezes por mês. "Com a eliminação da França da Copa, o futebol francês está muto desmotivado". Além dele, o Fluminense contratou outro jogador da seleção (o lateral-esquerdo Branco) e quer mais um (o atacante Valdeir, atualmente no São Paulo). "Voltei para ficar mais perto de Parreira, a cinco meses da Copa", afirmou. "Aposto que serei titular". Na sua contabilidade, foi convocado para a seleção 29 vezes –titular em 19 jogos. Até o começo das eliminatórias, era titular. Meia ofensivo, foi barrado para a entrada de um defensivo, Dunga. Aos 26 anos, há dois estava na França. Confirmou que o meia Raí, da seleção e do Paris Saint-Germain, está mal. "Continua fora de forma. A imprensa cai em cima, ele não se encontra. Suas filhas não se adaptaram. Ele começa a ficar preocupado. Não rende o suficiente, mas vai se recuperar." Luís Henrique disse que já perdeu o excesso de 6 kg com que se apresentou na seleção para as eliminatórias. Nascido em Pirapora (MG), criado na Bahia, comia feijão, farinha e outras comidas brasileiras que comprava num mercado em Paris. "Fui afastado justamente da seleção, mas agora estou bem novamente." Luís Henrique é o primeiro jogador da seleção fora de São Paulo a sair em defesa de Muller, contra Romário. O atacante do Barcelona disse que o companheiro de seleção "jogou mal as duas Copas que disputou, em 1986 e 1990, e que Edmundo, atualmente jogando no Palmeiras, é o melhor jogador em atividade no Brasil." O coordenador-técnico, Mário Lobo Zagalo, atacou Romário. "Ele tem que se preocupar em jogar, não em escalar o time". O jogador Zico, que disputou as Copas de 78, 82 e 86, também criticou Romário. Ao retornar ao Rio, em férias, na semana passada, Zico declarou que as desavenças entre jogadores podem prejudicar a seleção na Copa. Texto Anterior: Casagrande volta com rebeldia controlada Próximo Texto: Júnior ameaça sair se equipe não contratar Índice |
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