São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Lucienne Adami volta à TV depois de um ano 'de molho'

Recuperada do acidente que sofreu em 93, atriz tem convite para novela do SBT
Renato Kramer
Especial para o TV Folha
Lucienne Adami está em negociações com o SBT. Foi convidada para participar do remake de "Éramos Seis", como Maria Laura, filha do comerciante (Othon Bastos) que emprega o chefe da família dos seis (Herson Capri).
"Ela é a riquinha da cidade", conta. A atriz ficou conhecendo outra faceta de sua imagem pública ao ser convidada pelo SBT. A sinopse dizia que Maria Laura deveria ser feita por uma atriz "não muito bonita e um pouco antipática". "Quanto à beleza, tudo bem. É questão de gosto", diz. "Mas antipática foi pesado! Eu chego a ser nojenta de tão simpática!"
Gaúcha de Porto Alegre, Lucienne começou sua formação profissional em 1981, no Curso de Arte Dramática da UFRS. Na época, fez teatro com a Companhia Tragicômica Balaio de Gatos e cinema com o grupo Faltou João - os premiados filmes "Inverno" e "Verdes Anos".
Os filmes renderam convite da Globo. Aos 21, foi para o Rio com vontade de acertar - mas errou. "Eu era ingênua e teimosinha". Despedida depois de gravar alguns capítulos de uma novela, passou uma fase difícil. "Depois de ter sido estrela em Bagé, comi o pão que o diabo amassou!".
No período, fez comerciais, um papel de sereia na peça "Peter Pan" - ficava dois minutos em cena -, foi demitida de "Macunaíma", de Antunes Filho, e ensaiou "Blackout", de Marcelo Paiva, que nunca estreou. Ao menos, conheceu Flávio de Souza que a levou para a Cultura, onde apresentou "Revistinha" (1988).
Da Cultura, foi para a Manchete. Trazida por Jayme Monjardim para apresentar o musical "Shock", acabou no elenco de "Pantanal", no papel de Guta - que considera "um presente dos deuses".
"Dois dias depois de aparecer na novela, já era reconhecida na rua". E em seguida fez "Ana Raio e Zé Trovão" e apresentou o Programa de Domingo.
De férias da peça "As Mil e uma Noites", sofreu fraturas variadas em um acidente de carro, na Chapada Diamantina. O Uno em que estava se chocou de frente com um ônibus. "Foi pura imprudência do motorista", conta.
Passou 93 em Porto Alegre, sob os cuidados dos pais. Fez várias cirurgias e muita fisioterapia. "No início tive dor, revolta. Mas cultivei o bom humor. O mais importante é que estou inteira. Aprendi que a gente tem obrigação de ser responsável com a vida."

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