São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 1994 |
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Governo não consegue votar imposto maior para empresa FERNANDO GODINHO FERNANDO GODINHO; IVANIR JOSÉ BORTOT
Anteontem, o governo conseguiu aprovar, com dificuldade, o aumento nas alíquotas do imposto das pessoas físicas. A votação da cobrança de mais IR para as empresas foi obstruída pelo PFL e pelo PPR, que pediram verificação de quórum quando. As lideranças governistas não conseguiram levar ao plenário o número mínimo de 252 deputados e com a queda da sessão, a medida sequer foi analisada pelo Senado. As bancadas do PSDB e o PMDB, que formam a principal base de sustentação do governo Itamar, não compareceram integralmente na votação. "É lamentável. Vamos ter que encontrar alternativas de arrecadação", afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado José Serra (SP). Para o líder do PSDB no Senado, Mário Covas (SP), "está cada vez mais difícil para o governo conseguir atingir o objetivo de zerar o déficit público". Covas afirmou que a rejeição da MP 407 não é motivo suficiente para que o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, deixe o cargo. "Ele vai continuar lutando, só que agora com condições mais precárias", afirmou. Em duas semanas de votação, o governo só conseguiu aprovar parte do seu plano de estabilização econômica. As medidas aprovadas, algumas com modificações, possibilitarão uma arrecadação adicional de US$ 1,115 bilhão em 1994. Com todas as medidas do pacote tributário, o governo esperava arrecadar US$ 2,5 bilhões. Há uma diferença de US$ 1,385 bilhão que ainda depende de aprovação do Congresso. Texto Anterior: Gafe habitacional Próximo Texto: FHC ataca partidos que barraram votação do plano Índice |
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