São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 1994 |
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Carla, 12, é a esperança do tênis nacional
RODRIGO LEITE
Carla mora em Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) e joga desde os seis anos de idade. Na ano passado, o último em que jogou na categoria 11/12 anos, ganhou todos os torneios de que participou, inclusive o Sul-Americano. Foi a primeira disputa do título continental da categoria, em Santiago (Chile). "Acho que comecei a jogar por influência do meu pai, que também é professor de tênis", diz a tímida Carla. Com o tempo, passou a ter um técnico só para ela. A garota treina em média quatro horas por dia: duas com o professor e duas "extras", batendo bola. Neste ano, jogando com meninas mais velhas –ela faz aniversário em maio e precisou passar para a categoria 13/14 anos–, Carla já foi semifinalista no Campeonato Estadual, e na semana passada disputava a Copa São Paulo, que reúne 600 tenistas de todo o país. Apesar de estreante, ela já é a quarta colocada no ranking brasileiro de sua categoria. "Este ano acho que vou disputar menos torneios. É melhor selecionar um pouco mais, porque afinal só os sete melhores resultados contam para o ranking", planeja. Entre estes torneios inclui, por exemplo, as etapas argentina e uruguaia do Circuito Cosat, válido pelo ranking sul-americano. A categoria 13/14 anos é a mais jovem a ter um ranking internacional. O próximo objetivo da tenista de 1m71 de altura é se tornar uma profissional. "Com 15 anos talvez já dê", diz a mãe, Elaine Tiene. No ano passado, ela participou de um torneio profissional extra-oficial: passou do "qualifying" e ganhou um jogo. "Nem fico nervosa com os jogos. Já estou acostumada." Fã de Steffi Graf (que já assistiu ao vivo, contra Jana Novotna, em Santiago) e de Pete Sampras, ela coleciona hobbies comuns a outros pré-adolescentes: joga vôlei, anda de bicicleta e adora videogame. "Quando chego do treino ou em fim-de-semana em que não há torneios, à tarde sempre jogo um pouquinho", diz. "Isso agora, nas férias", interrompe a mãe. Quando a sétima série começar, talvez os games tenham que ficar um pouco de lado. "O tênis nunca me atrapalhou na escola, dá para levar bem." Mas não se imagine que a escola é o mais importante para Carla. Para seu futuro, ela não imagina nada mais do que ser tenista profissional. Texto Anterior: Caio, revelação do futebol, ganha fã-clube de meninas Próximo Texto: Banespa faz "peneira" para seus times de vôlei Índice |
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