São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Deborah Secco é a melhor atriz de 'Confissões de Adolescente'

MARCELO DE SOUZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Deborah Secco é a melhor atriz de `Confissões de Adolescente'
Na pele de Carol, ela faz o personagem mais carismático da série da Cultura
Deborah Secco, 14, é a nova "darling" da TV. O talento mostrado no seriado "Confissões de Adolescente", exibido pela Cultura, só não foi capaz ainda de conquistar uma pessoa: a própria Deborah.
Na pele de Carol –a mais nova do clã das quatro irrequietas irmãs da série–, a atriz conseguiu usar toda a vitalidade adolescente a seu favor.
Carol é um vulcão: moleca, sobe em muros, joga bola, pula catraca de ônibus e dá opinião nos assuntos das irmãs com propriedade.
Deborah é muito diferente da personagem, o que só comprova sua veia criativa. É doce, feminina e o máximo que arrisca no universo esportivo é dançar balé clássico e sapatear.
Quem a vê no seriado não imagina que a atriz precisasse mudar tanto para interpretar Carol. E ela precisava: durante as gravações, deixava a candura de lado e virava a "mulher-maravilha" –como a classifica o diretor Daniel Filho.
Deborah gostou tanto do papel que passou a mimetizá-lo. "Se eu pudesse, viveria a Carol para o resto da minha vida."
O resultado desta adoração é que a personagem vem contribuindo, se não para formar a personalidade de Deborah, para modificar algumas de suas atitudes.
"Hoje em dia, por exemplo, eu me pego sentada de pernas abertas como uma moleca", diz ela, animadíssima com as novas possibilidades.
Quando recebeu a sinopse da série, no final de 1992, Deborah lembra que a personagem que mais chamava sua atenção era Bárbara –interpretada por Georgiana Góes. Cheia de tiradas sarcásticas, o personagem era um prato cheio.
"Lendo a sinopse, eu achava a Carol muita chata", diz ela. Mas graças à sua performance, a mimada Carol se transformou na personagem mais carismática e engraçada do seriado.
Deborah ainda não se convenceu disso. Frequentemente faz uma enquete com os colegas da escola e do condomínio onde mora, no Rio, para saber o que acham de sua atuação.
"Pura insegurança", admite ela. A falta de apoio da família é, em parte, responsável por isso. "Minha mãe só agora começou a apostar na minha carreira. Meu pai só fala sobre a importância dos estudos", diz, bem-humorada.
Por falar em estudos, Deborah, que cursa a oitava série, diz que só recentemente apresentada aos professores. "Como passei três meses sem ir ao colégio, nem me conheciam."
Para orgulho do pai, tem se saído muito bem. Até recuperou as notas baixas que tirou por conta das gravações de "Confissões".
A vida amorosa anda devagar –fato que, apesar de não preocupar Deborah, é o assunto preferido dos garotos que a param na rua. "Nunca namorei e nem penso nisto."

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