São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994 |
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Petistas buscam Brizola de olho no 2º turno
CLÓVIS ROSSI
Na prática, o PT vai pedir apoio para Olívio Dutra, o candidato petista no Rio Grande do Sul, se este for ao segundo turno contra Antônio Britto (PMDB), em troca do respaldo petista a Anthony Garotinho, o pedetista que disputará no Rio contra Marcello Alencar (PSDB). Com isso, o PT abre guerra, em dois dos principais Estados, a candidatos que se alinharam com o virtual presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso. Em contrapartida, em São Paulo, PT e PSDB podem se aliar no segundo turno, se houver, contra o pedetista Francisco Rossi. O passado remoto e recente de Rossi (foi arenista, secretário de Maluf e um dos primeiros prefeitos de cidade grande a aderir a Fernando Collor) inviabilizam o apoio do PT a ele. No máximo, o PT paulista pode decidir manter-se neutro em um eventual segundo turno entre Rossi e o tucano Mario Covas. O esforço petista no Rio Grande do Sul, além do óbvio interesse eleitoral imediato, projeta-se para o futuro. Se o Olívio ganhar no Rio Grande e o Lula não tiver disposição para uma terceira candidatura presidencial, será ele o candidato presidencial em 1998 foi a avaliação que a Folha obteve ontem junto ao alto comando petista. Essa hipótese é mais do que razoável, pois Lula sempre trata Olívio como ``um irmão". O PT está curando as feridas da derrota eleitoral antes mesmo de terminada a apuração. O grupo de empresários, coordenado por Oded Grajew, decidiu manter-se organizado, formando um núcleo petista, o primeiro do gênero. Os artistas que apoiaram Lula reúnem-se amanhã para, em princípio, adotar atitude semelhante. Por fim, o partido decidiu não desativar a comissão que elaborou o programa de governo do PT. Texto Anterior: Para Tarso Genro, derrota do PT se deve à falta de projeto Próximo Texto: Guerra santa Índice |
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