São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994 |
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A porta de entrada Contador de casos, o tesoureiro da campanha de Brizola, Raphael Peres Borges, lembrava há dias de passagens do exílio no Uruguai. Falou do dia em que apareceu um gaúcho, vestido a caráter, na casa de Brizola, então vigiada dia e noite. Conversaram um bom tempo e, na hora das despedidas, Brizola pediu que o visitante saísse pela porta dos fundos para não ser interrogado pelos agentes que olhavam a casa. O homem ficou indignado: – Um gaúcho sempre sai pela porta que entrou! Preocupados, amigos de Brizola que estavam lá tentaram convencer o visitante: – Mas, se você for interrogado, vão perguntar o que fez aqui. – E eu vou dizer: fui visitar o doutor Brizola. Os amigos argumentaram que os agentes perguntariam quem mais estava lá dentro. Com naturalidade, o gaúcho passou a listar: – Eu digo: o doutor Raphael, o Neiva Moreira, o Cibilis Viana... Ao ouvir seu nome, Viana, hoje secretário da Fazenda do Rio, saltou da cadeira: – Olha, meu nome você pode pular, está bem? Texto Anterior: Boca fechada; Excesso de holofotes; Pedido de emprego; Pensando no futuro; Tempo fechado; Troca de chumbo; Sentido da vida; Visita à Folha Próximo Texto: Dicionário circula segunda, com capa dura e 1º fascículo Índice |
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