São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994
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Tucano estava descontraído

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O cenário escolhido para a entrevista coletiva foi o Teatro Nacional, e a performance do virtual presidente eleito, bem-humorado, esteve o tempo todo descontraída.
Intitulou-se ``presidente potencial". Quando um repórter perguntou sobre a distribuição de cargos aos partidos no futuro governo, deixando sem graça o senador José Eduardo Andrade Vieira (PTB-PR), que pediu o ministério da Agricultura, FHC fez piada.
Disse que nunca perguntou à equipe que designou para o Ministério da Fazenda a que partido pertencia: ``Uma boa parte era do meu, mas por coincidência".
A pergunta sobre reeleição rendeu alfinetadas ao trabalho da imprensa na cobertura da campanha, que, para ele, confundiu apoio do governo com uso da máquina.
Perguntado se tinha deixado de ser social-democrata por ter sido definido pelo jornal francês ``Le Monde" como ``liberal", esnobou: ``Eles devem ter dito no sentido americano, liberal (pronunciando em inglês)".
Foi menos erudito ao usar no plural um termo empregado no singular: ``às beiras de".
Enquanto o ator principal seguia em sua performance, os coadjuvantes riam à toa. O fiel escudeiro Sérgio Motta, livre da pecha de ``o PC de FHC", distribuía balinhas de hortelã.

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