São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994 |
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Cozinheira fica 3 horas na fila
DA REPORTAGEM LOCAL A cozinheira Vera Lucia Santos de Menezes, 40, trabalha nove horas por dia e gasta outras oito horas no trajeto de ida e volta entre a sua casa (em Cidade Tiradentes, zona leste) e o local de trabalho, em Perdizes (zona oeste).``Toda noite fico pelo menos três horas esperando o ônibus. Saí do serviço às 18h e só vou chegar em casa depois das 22h", protestava às 19h30 de quinta-feira retrasada, no ponto inicial da linha 3781 (Penha-Cidade Tiradentes). Àquela hora, ela era uma das últimas da fila. Esperava entrar no ônibus por volta das 21h. No ponto inicial da linha 3781, na Penha, um tumulto se formava a cada ônibus que chegava naquele dia, por causa das pessoas que ``furavam" a fila. Dezenas de usuários da linha desistiram de esperar o ônibus e apelaram para as peruas-lotação. Esperaram cerca de uma hora para conseguir lugar nas peruas, que cobram R$ 1,40 pela viagem até Cidade Tiradentes. ``É uma vergonha isso aí. Saio às 18h do serviço e, se for de ônibus, só chego em casa depois das 22h", reclamava Dei Batista, 38, encarregado de expedição. Texto Anterior: A hora da verdade Próximo Texto: USP é obrigada a mudar seleção de docente Índice |
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