São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994
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PIB tem crescimento de 3,76% no primeiro semestre deste ano

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro apresentou no primeiro semestre deste ano um crescimento de 3,76% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve uma queda de 1,03%. No primeiro semestre de 93 o crescimento foi de 4,12%.
Houve também um aumento na massa salarial, baseado em um aumento de 10% dos rendimentos médios. Mas o crescimento do nível de ocupação foi de apenas 1,6%, segundo o IBGE.
Para Almir Cronemberger, coordenador da Equipe do PIB, "em princípio" isso significa que o país teve crescimento com concentração de renda. Segundo ele, o valor do PIB em reais será divulgado nos próximos 15 dias.
Segundo ele, somente no fechamento do ano o IBGE dará informações sobre o PIB "per capita".
O crescimento industrial deste ano, como em 93, é carregado pelo setor de bens duráveis –18% no primeiro semestre, contra uma queda de 3,5% dos não-duráveis. A produção de bens de capital cresceu 15,1%.
Parte do resultado da produção de bens de capital deve ser creditada ao desempenho "altamente promissor" da produção agrícola, que cresceu 9,32% no primeiro semestre deste ano. O setor agropecuário como um todo cresceu 6,73%.
O setor de serviços foi o que menos cresceu de janeiro a junho deste ano, com apenas 2,62%. O comércio cresceu apenas 1,28%.
Mesmo sem querer fazer previsões, o técnico do IBGE disse que se a estabilidade monetária for mantida, assim como a tendência de aumento das taxas de investimentos, o crescimento econômico a partir de 93 pode se sustentar por um período mais longo.
O IBGE reviu de 4,96% para 4,12% da taxa de crescimento do PIB brasileiro em 93. Segundo Cronemberger, a revisão foi feita com base no censo econômico de 85. A taxa anterior havia sido calculada com base no censo de 80.
Periodicamente o IBGE atualiza as ponderações usadas para o cálculo das contas nacionais com base nos censos econômicos que deveriam ser feitos a cada cinco anos. Por falta de recursos, desde 85 não acontece outro censo.
Entre as mudanças feitas com a troca da base para o cálculo do PIB, caiu o peso da indústria automobilística no índice total de crescimento da indústria.

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