São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994
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Quatro peças; Debates sobre turismo; Votos para Tuma; Privatizações; Artigo de Weffort; Os perfeitos; Legislação ambiental; Língua portuguesa

Quatro peças
``Sobre o caderno Mais! de 2/10: falta razão ao personagem de Plínio Marcos quando no final da peça afirma que Deus caprichou nas belezas naturais do Brasil, mas colocou aqui `um povinho'... A prova maior do seu erro está justamente nos quatro textos apresentados no Mais!. Felizmente, o que sobra nesse povo brasileiro é talento. De parabéns a Folha pela brilhante idéia de convidar autores consagrados para escrever sobre as possíveis reações dos candidatos após perderem as eleições. A `Buchada de Bode Nunca Mais' é excelente, mas Gianfrancesco Guarnieri extrapolou! Fantástico `Que Fazer Leonel?'. Enquanto lia a peça, chegava a visualizar as expressões e o tom de voz do Brizola. Perfeito!"
Noemi de Oliveira Seravalli (São Paulo, SP)

Debates sobre turismo
``Quero mais uma vez parabenizar a Folha por tomar a iniciativa de coordenar debates sobre o turismo nacional, que é um segmento da economia brasileira que pode se tornar muito importante para ajudar a resolver o problema de desemprego no Brasil, e que, infelizmente, não tem sido dado relevância pelos nossos governantes."
Jorge Nishimura, vice-presidente do grupo Westin –International South America (São Paulo, SP)

Votos para Tuma
``O caderno Eleições da edição de 5/10, traz, na página 8, matéria assinada pelo repórter Luis Eduardo Leal, a respeito dos votos atribuídos a Romeu Tuma, no espaço da cédula reservada ao deputado federal, que estão sendo reclamados pelo candidato Robson Tuma, contendo afirmação que não corresponde à realidade. Jamais disse que os votos estavam sendo contados, nesta situação, ao candidato Robson Tuma, porque prevaleceria a intenção do eleitor. Na junta que presido e em toda a 6ª zona, da qual sou titular, os votos estão sendo anulados e, havendo impugnação, as cédulas estão sendo encartadas em envelopes para futura apreciação do Tribunal Regional Eleitoral. Certamente, o equívoco do repórter está relacionado com o volume de trabalho intenso, que envolve a cobertura da eleição, aliás, feita com brilhantismo pelo jornal, do qual sou assinante."
Nilson Xavier de Souza, juiz da 6ª Zona Eleitoral (São Paulo, SP)

Privatizações
``O editorial `Privatizar antes que tarde', publicado por esse jornal em 16/09, defende a privatização dos bancos estaduais como forma de saneamento das contas públicas. Essa é a perspectiva neoliberal do FMI e do chamado `Consenso de Washington'. Existem vários candidatos e representantes dessa política no país. Um deles parece ser o editorialista da Folha."
Marcos Aurélio Silvestre, diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (Bauru, SP)

Artigo de Weffort
``Li com muito interesse o artigo do professor Francisco Weffort publicado em 4/10. Concordo com a advertência de que `quem quiser fazer oposição ao novo governo supondo que seu presidente é um conservador, estará tomando o caminho errado'. Mas fiquei espantado com a apreciação de que, se o governo de Fernando Henrique caminhar `no sentido de uma economia mais desenvolvida e de uma sociedade menos injusta', então `estas eleições de 1994 ficarão na nossa história, depois de 1930, como o início de nossa segunda revolução democrática'. Depois das revoluções democráticas efetivadas sob hegemonia burguesa, a revolução democrática possível é operário-popular. É isto que está em curso no país?"
Duarte Pereira (São Paulo, SP)

Os perfeitos
``Nem a propósito um comercial, um anúncio, uma agência de propaganda poderiam ter sido tão infelizes –ervilhas Jurema, Cica, `só os perfeitos sobrevivem'. Ignoraram o poder das palavras, tão forte quanto o voto ou uma bala de canhão (A. Lincoln). Nossas crianças não tão `perfeitas' e com toda a inocência do mundo se comparam e se identificam com as ervilhas que, desajeitadas, caem, tropeçam e são rechaçadas por um adulto qualquer. Tortura pura e asfixia mental. O pior, agora, o estrago está feito: o apelido na escola. A cada troca de pés, queda ou um simples `puxar por uma perna' vem de imediato o grito dos `amiguinhos': – Lá vem a Jurema. Levanta Jurema. Triste. Mas, triste demais. Insisto no cuidado extremo ao se colocar no ar, vídeo, TV, revistas, algo que fira nossos pequenos. Responsabilidade máxima. São crianças especiais, excepcionais, eficientes sim, deficientes jamais. Devem ser tratadas com respeito redobrado pelos diretores de criação. Não são só os perfeitos que sobrevivem, mas, infelizmente, os apelidos. Estes pegam, permanecem e doem. Por favor, façam alguma coisa, lutem para reparar de qualquer forma esse estrago."
Alba Prado (São Paulo, SP)

Legislação ambiental
``Achei surpreendente a afirmação sob o título `Legislação é ineficaz para a defesa do meio ambiente', que sintetizou a opinião dominante no Congresso sobre legislação ambiental promovido pela Cetesb, e encima o quadro das ações propostas contra poluidores neste ano em São Paulo, com o inexpressivo número de 92 delas. Mais grave ainda quando se diz que `não há condições de reconstituir o meio ambiente degradado', afirmação provinda de um procurador de Justiça de São Paulo."
Alberto Contar, presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental de Maringá (Maringá, PR)

Língua portuguesa
``O Painel registra notícia auspiciosa para a língua portuguesa, ao afirmar que José Aparecido de Oliveira conseguiu com que a Unesco a reconhecesse e adotasse como uma das línguas oficiais do organismo."
Henrique L. Alves (São Paulo, SP)

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