São Paulo, sábado, 15 de outubro de 1994
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Rossi afirma que integrou seita oriental não-cristã

Candidato do PDT pertenceu à igreja Mahikari, do Japão

LUIZ MALAVOLTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

O candidato do PDT ao governo paulista, Francisco Rossi, disse ontem em Bauru que na juventude pertenceu a uma seita não-cristã. Ele disse que sua ex-seita é a Mahikari, de origem japonesa. Em sua campanha, Rossi se apresenta como um candidato que segue os ``princípios cristãos".
A Mahikari Sociedade Religiosa foi fundada em 1959. A empresária Cilmar Marques, representante da seita em Bauru, disse que o grupo não é cristão. ``Nós acreditamos em um Deus como fonte de luz", afirmou ela.
Rossi disse que deixou a seita por ela não ``pregar com a Bíblia", mas negou que seus adeptos sejam ``fanáticos".
``Você tem de reconhecer que você passa por caminhos onde houve erros, acertos, equívocos", disse Rossi sobre a seita. Ele hoje é membro da Igreja Presbiteriana de Osasco, grupo pentecostal que crê em milagres.
Rossi afirmou que teve no passado experiências ``místicas, no campo da parapsicologia". Ele negou que faça ``milagres", mas confirmou o teor da entrevista que deu à Revista da Folha, na qual falou em milagres ``entre aspas".
Na entrevista, Rossi disse que ``parou tempestades" e abriu o trânsito ``durante congestionamentos". ``Quando você fala em milagres entre aspas, você está fazendo uma brincadeira", disse.
Em Bauru, Rossi fez campanha no calçadão da cidade. Um carro de som tocava a música ``Segura na mão de Deus".
Em Pederneiras, sempre citando Deus e Jesus, Rossi disse que vai fazer o milagre da ``multiplicação dos votos".

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