São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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O semiprofeta

Inaugurava-se a sede do PMDB paulista, em 84. No palanque armado para a festa, estrelas do partido: Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Orestes Quércia, Mário Covas e Almino Affonso, entre outros.
Depois, Quércia e Almino saíram no mesmo carro. De repente, um homem surgiu diante do veículo e, aos berros, pediu para falar com Quércia, que o atendeu.
– Eu queria dizer ao senhor que sou paranormal e tive uma visão: só uma pessoa que estava naquele palanque chegará à Presidência. E é o senhor, doutor Quércia!
O então vice-governador mandou o motorista tocar e não falou mais daquilo. Mas Almino nunca esqueceu.
Meses depois, Tancredo morreu antes de tomar posse. Almino lembrou da profecia. Em 89, Ulysses e Covas foram derrotados nas urnas. E Almino lembrou da previsão.
No começo deste ano, ainda impressionado com a história do homem, Almino começou a achar que Quércia teria chance.
Mas, dez anos depois, a profecia provou-se apenas metade correta: afinal, Fernando Henrique também estava naquele palanque.

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