São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Resultados confirmam pesquisas Datafolha

DA REDAÇÃO

Os números oficiais da eleição para presidente, governadores e senadores confirmaram os resultados das pesquisas de boca-de-urna do Datafolha e as tendências apontadas nos levantamentos feitos entre 72 e 48 horas antes do pleito.
Tomando-se como referência os votos válidos (que excluem nulos e em branco), a diferença entre a boca-de-urna do Datafolha e o resultado oficial da eleição presidencial ficou abaixo de um ponto percentual para todos os candidatos.
A pesquisa previa margem de erro de dois pontos, para mais ou para menos.
Considerando o total de votos, a pesquisa de boca-de-urna do Datafolha apontou diferença de nove pontos percentuais entre Fernando Henrique Cardoso e a soma dos seus adversários.
Essa diferença ficou em 7,23 pontos –índice contemplado pela margem de erro da pesquisa.

1º turno
A boca-de-urna permitiu à Folha e demais clientes do Datafolha noticiarem imediatamente após o pleito que FHC havia sido eleito no primeiro turno.
Essa tendência, de resto, já era apontada nas duas pesquisas feitas ao longo da semana anterior à eleição.

2º turno
Mudanças detectadas pelo Datafolha na reta final da campanha permitiram que se apontasse com antecedência a possibilidade de segundo turno em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Até meados de setembro, as taxas de intenção de voto dos líderes nesses Estados indicavam que venceriam a eleição no primeiro turno.
Em São Paulo, tanto a última pesquisa de intenção de voto como a boca-de-urna indicaram o crescimento de Francisco Rossi (PTB), apontando-o como o oponente de Mário Covas (PSDB). Em MG e RS, os segundos colocados estavam previamente definidos.
Nos outros nove Estados pesquisados pelo Datafolha, não houve alterações de última hora nas tendências antes indicadas.
Considerando-se os votos válidos, os resultados da boca-de-urna ficaram dentro das margens de erro previstas –três pontos percentuais nos Estados e quatro no DF.
Houve duas exceções: Olívio Dutra (RS), a quem a pesquisa atribuiu 3,27 pontos a mais do que teve, e Maria Abadia (DF), 4,18 a menos. Nesses casos, as diferenças não chegaram a alterar a ordem dos colocados.

Senado
Com exceção de Ludio Coelho (MS), todos os demais 52 candidatos de expressão às 24 cadeiras do Senado em disputa nos 12 Estados tiveram votação inferior às taxas captadas na boca-de-urna.
Ainda assim, as pesquisas apontaram de modo inequívoco os nomes de 18 dos 24 senadores eleitos. Nos demais havia empate estatístico.

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