São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Fleury triplicou débito

DA REPORTAGEM LOCAL

A administração do governador Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) triplicou o débito do Estado, segundo os dados do PT. A dívida teria saltado de cerca de US$ 8,6 bilhões (1991) para os atuais US$ 30 bilhões.
Fleury nega a informação e diz que a dívida está equacionada. Segundo ele, o valor total do débito não passa de US$ 14 bilhões.
Sobre o Banespa, o governador afirma que a dívida não foi majorada e que sua administração só pagou débitos contraídos em gestões passadas.
Antes de Fleury, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) já teria comprometido as finanças estaduais. Ele teria duplicado a dívida, passando de cerca de US$ 4,3 bi em 1987 para os US$ 8,6 bi herdados por Fleury.
Antes das gestões de Fleury e Quércia, a dívida estadual se mantinha em níveis relativamente estáveis, que variavam em torno de US$ 3 bilhões desde 1979.
Para saldar o débito, São Paulo teria que comprometer toda a arrecadação de três anos e meio de ICMS, o principal tributo recolhido pelo Estado.
Em 93, somando-se todos os impostos, taxas e repasses do governo federal, o Estado conseguiu atingir uma receita total de US$ 17,57 bilhões. Mesmo que Fleury decidisse paralisar todas as suas ações, não pagaria a dívida.

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