São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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`Peep-show' permite apalpar

LUIS HENRIQUE AMARAL ; MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de ser um ponto de encontro de garotas de programa, a casa noturna Paris-Texas se diferencia, no mercado do sexo, por dispor de cinco cabines individuais de ``peep-show" e de um salão para shows de striptease particular.
No caso de o cliente desconhecer esses atrativos, uma mulher se oferece para guiá-lo pela casa.
A primeira parada é na cabine de ``peep-show". Nesse lugar, explica Sandra (nome fictício), o cliente assiste um show pornô, protegido por um vidro especial que impede a protagonista de ver as reações do espectador.
Com a ajuda de um interfone, o homem pode conversar e dar instruções à mulher que se despe.
O show dura, no mínimo, cinco minutos (R$ 18). A casa conta com um ``elenco" de 20 garotas, que passam o tempo, a espera de clientes, dançando num salão.
O nome da casa e a própria maneira de funcionar da cabine se inspiram abertamente no filme ``Paris, Texas", do alemão Win Wenders, no qual a atriz Natassja Kinski protagoniza uma cena num ``peep-show" semelhante.
Se não quer ficar separado da mulher por um vidro, e deseja um contato físico, o cliente pode convidá-la para um show no segundo andar do Paris-Texas paulistano.
Explica Sandra: ``Você paga R$ 72 e fecha a sala. Fica todo mundo bem à vontade. Você pode tocar, apalpar. Só não pode transar aqui."
Ainda segundo Sandra, se quiser sair com a mulher sem assistir show algum, o cliente precisa pagar dois drinques para a casa.
(LHA e MSy)

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