São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994 |
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Consumidor se diz prejudicado
FILOMENA SAYÃO
A dona de casa Ana Rita Ferreira, 45, limitou suas compras ontem durante passagem pelo shopping West Plaza, na zona oeste de São Paulo. Ela pretendia comprar uma batedeira, um tapete, utilidades domésticas, roupas de cama e banho no Mappin e pagar em seis pagamentos. Mas com a restrição do crediário para três meses, ela acabou levando para casa o eletrodoméstico, o tapete e as miudezas para cozinha. ``Comprei o que precisa com mais urgência. Fiquei frustrada. Do outro jeito estava melhor." Ela vai pagar três prestações de R$ 47,25 –total de R$ 141,75 (juros de 9,5% ao mês). À vista, ela iria desembolsar R$ 119,64. Ana Rita disse que foi ao magazine com a esperança que as regras ainda não haviam mudado, apesar de ter lido sobre as medidas nos jornais. Na G. Aronson, a cabeleireira Sônia de Fátima Pereira, 35, disse que não gostou das medidas do governo. ``Era mais fácil antes. Agora vai apertar um pouco para mim", desabafou. Sônia comprou um tanquinho Suggar em três pagamentos de R$ 45,32 –o primeiro em 30 dias, o segundo depois de 60 e o terceiro pagamento 90 dias depois da compra. Quando se decidiu pela compra, ela tinha em mente poder pagar pelo produto em até dez prestações. ``Fui prejudicada." Aparecida Regina Carvalho, 39, professora, foi pega de surpresa. Ela não sabia das medidas restritivas quando foi comprar um aparelho de som e uma bicicleta ergométrica na Panasonic e na G. Aronson. ``Não pretendia fazer mais que três pagamentos. Mas acho que as novas normas foram ruins para muitas pessoas. Lá na escola muita gente reclamou." Texto Anterior: Prestação de consórcio novo sobe até 318% Próximo Texto: Medidas acabam com paralelo Índice |
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