São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994 |
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Medidas acabam com paralelo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As mudanças promovidas pelo governo no mercado de câmbio flutuante –ou dólar-turismo– facilitaram a vida de quem vai viajar, receber salários, manter parentes, fazer compras e tratamento de saúde no exterior.Essas pessoas não precisam mais recorrer ao mercado paralelo, ou "black' para escapar dos limites de compra –agora revogados– de dólar-turismo. Ficou possível comprar qualquer quantidade de dólares em bancos credenciados, agências de turismo ou casas de câmbio. Bastapreencher os documentos indicando a finalidade da compra. ``Não há mais motivo para um cidadão honesto procurar um doleiro", resume o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Gustavo Franco. O dólar paralelo, portanto, tende a ser destinado exclusivamente a atender operações ilegais –como contrabando, tráfico de drogas ou lavagem de dinheiro. Embora Franco afirme que as operações serão documentadas e fiscalizadas, técnicos do BC reconhecem, em reserva, ser inviável controlar as compras de dólar. Na prática, portanto, a compra de dólares no mercado flutuante deixou de ser preocupação do governo. Está totalmente liberada. Apesar de poder comprar quantos dólares quiser, o consumidor só poderá trazer para o Brasil US$ 500 em compras isentas de imposto. Esse limite não é cambial, mas sim fiscal. Compras acima de US$ 500 pagam tributo. A liberalização do mercado de dólar-turismo serve ainda para operações como compras com cartão de crédito internacional e transferências ao exterior de heranças, aposentadorias e pensões. Essas são as operações típicas do mercado flutuante de dólar. Transações como remessa de lucros de empresas multinacionais, investimentos no exterior e importações são regidas pelo mercado de dólar comercial. Texto Anterior: Consumidor se diz prejudicado Próximo Texto: Cartões podem manter parcelamento de venda Índice |
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