São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994
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Ações e juros baixam. Dólar comercial sobe

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro reagiu ontem com uma valorização de 0,35% na cotação média do Banco Central –o preço de compra subiu de R$ 0,853 anteontem para R$ 0,856– e baixas de 0,71% na Bolsa de Valores de São Paulo e nas taxas de juros dos CDBs prefixados para grandes aplicações, que recuaram para o patamar de 53,90% ao ano (3,91% no prazo de 32 dias).
Foi uma reação positiva, segundo a leitura feita pelos especialistas de diferentes áreas do mercado. Ou seja, as cotações dos diversos ativos financeiros refletiram a acomodação às novas regras.
Esse movimento de ajuste não foi concluído, uma vez que o pacote de medidas ainda não foi totalmente digerido pelos agentes que atuam no mercado, à espera de esclarecimentos do Banco Central sobre alguns pontos obscuros.
``As medidas estão corretas, são coerentes e deverão ter maior eficácia do que as adotadas em planos anteriores, pois não deixaram válvulas de escape", disse ontem o presidente da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos Alcides Lopes Tápias, em nota distribuída ontem à imprensa.
A interpretação de Tápias é de que, com as regras baixadas anteontem, o governo decidiu evitar, pelo menos no momento, o caminho da alta dos juros acenado pelo ministro Ciro Gomes, da Fazenda.
``Ao encurtar para três meses o prazo de financiamento de bens de consumo, o governo reconhece que deseja crescimento, mas de forma moderada. A equipe econômica parece também ter percebido que mexer nas taxas de juros não traria os resultados esperados", disse o presidente da Febraban.
No mercado de câmbio, o dólar comercial abriu em alta e chegou a ser cotado a R$ 0,865, mas recuou depois de uma intervenção do Banco Central, que vendeu a moeda norte-americana a R$ 0,860.

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