São Paulo, sábado, 22 de outubro de 1994 |
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PF procura filho do governador de Alagoas
ARI CIPOLA
O mandado de prisão do juiz José Junior Florentino dos Santos contra Gustavo chegou ao delegado de entorpecentes da PF, Jorge Luís, anteontem. A sentença foi proferida no último dia 14. Apesar da intenção dos Bulhões de cumprir a decisão do juiz, a PF considerava Gustavo como foragido. O governador deu vários telefonemas para o delegado informando que Gustavo se renderia, o que não havia acontecido até o final da tarde. Gustavo Bulhões foi condenado porque, em fevereiro, o motorista de sua gráfica e mais três pessoas foram presas com 20 gramas de maconha. Com o depoimento dos detidos, a PM chegou à casa de Luiz Ferreira de Freitas, onde foram apreendidos 50 kg da droga. O motorista de Gustavo e os outros três homens que estavam no carro disseram à PM que compraram maconha a mando dele. A sentença do juiz condenou também as pessoas que se envolveram no episódio: Djair Barbosa Ferreira, Quitério da Silva, José Lourenço dos Santos, Ailton de Lima e Jânio Heleno da Silva. O governador Bulhões acha que a condenação foi feita sem base legal e vai recorrer da sentença. Para entrar com recurso, porém, Gustavo tem de se apresentar. Aos amigos, Bulhões chegou a dizer que a condenação ``rasga a Constituição". O governador preferiu não conceder entrevistas. Alegou aos assessores que não poderia misturar um problema pessoal com o governo. ``A condenação foi injusta porque meu filho não foi pego nem comprando nem vendendo drogas. Ele tem problemas mas não pode ser considerado um traficante", afirmou à Agência Folha Denilma Bulhões, mãe de Gustavo. Bulhões e Denilma tentavam ontem compor a defesa de Gustavo para não deixá-lo em uma cadeia pública, como determina o mandado de prisão. A idéia era convencer o juiz de Flores a aceitar que Gustavo ficasse em uma clínica de Recife (PE). Os Bulhões alegam que Gustavo sofre de epilepsia para sugerir uma clínica e não a cadeia para o filho. Esse também foi o argumento usado para livrar Gustavo do processo no qual ele era acusado atropelar uma adolescente em agosto de 93. Texto Anterior: Batista diz que ação em favela será apurada Próximo Texto: CRM investiga erro médico em laudo Índice |
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