São Paulo, sábado, 22 de outubro de 1994 |
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Crediário já detém 70% das vendas
DA SUCURSAL DO RIO Pedro Malan, presidente do Banco Central, disse que as medidas de contenção ao crédito tomadas pela equipe econômica se deveram a uma mudança no perfil do consumo no país. Segundo ele, antes do real, 70% das compras eram a prazo e 30% à vista. Estes números se inverteram.O diretor do BC discorda dos que pedem um aumento da oferta e não a redução do consumo como forma de combater a inflação. ``É um falso dilema, uma visão simplória e equivocada", disse Malan. Seu diagnóstico é de que a oferta no país está aumentando, mas não no mesmo ritmo com que cresce a demanda, por conta do fim do ``imposto inflacionário". E acrescenta: ``Não se pode aumentar a oferta por decisão política". Malan diz que alguns setores da indústria, como automóveis e eletrodomésticos, já estão operando com quase 100% de sua capacidade instalada. Ele acha que nesta fase, quando são necessários novos investimentos para aumentar a oferta, o resultado não é imediato. ``Houve uma indicação de aumento de consumo pela folha agregada de salário (13 salário) e e do crédito que estava potencialmente aquecendo" a economia, disse ele. As decisões de conter o consumo foram, segundo Malan, preventivas. Texto Anterior: BC vai incluir BBCs nos limites de emissão Próximo Texto: Restrição ao crédito afeta também a produção Índice |
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