São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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Ex-paquita vira manicure em sua primeira novela

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Carioca do Leme (zona sul do Rio), Letícia Spiller chega ao seu primeiro grande papel na TV já tendo passado pelos extremos da profissão –foi a paquita Pituxa Pastel do ``Xou da Xuxa" e Anitra na montagem de ``Peer Gynt" de Moacyr Góes.
Aos 21 anos, ela diz que a vontade de mostrar um bom trabalho na pele de Babalu, sua personagem na nova novela das 19h, chegou a afetar seus nervos. ``Só ultimamente eu relaxei e estou curtindo mais o trabalho", conta.
Caçula de cinco irmãos, Letícia sempre quis ser atriz. Acabou entrando no extinto ``Xou da Xuxa", quando tinha 15 anos.
Até os 19, ficou segurando a garotada que pulava e gritava atrás da rainha dos baixinhos.
Chegou a ganhar algum dinheiro com o efêmero sucesso do grupo ``As Paquitas", que gravou discos e fez vários shows pelo país.
Mas também passou maus momentos em 91, quando dois adolescentes paulistas foram mortos pela polícia do Rio numa até hoje inexplicada tentativa de sequestro.
``Não gosto de falar sobre isso", diz Letícia, que passou a atuar no programa ``Os Trapalhões", quando deixou a trupe de Xuxa.
Fez ainda uma ponta na novela ``Despedida de Solteiro" e um curso de interpretação no Tablado.
Em ``Quatro por Quatro", ela também faria um papel pequeno. Mas a colega Adriana Esteves não pode ser Babalu e caiu-lhe nas mãos uma das quatro protagonistas. ``Encaro a personagem como um desafio", diz Letícia.
O diretor Ricardo Waddington gostou de suas primeiras cenas, embora Letícia só tenha tido dez dias entre o convite para fazer o papel e o início das gravações da novela.

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