São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994
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Covas desafia Rossi a fazer exame mental

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB ao governo paulista, Mário Covas, desafiou ontem seu adversário, Francisco Rossi (PDT), a fazer junto com ele exames para testar a sanidade física e mental de cada um dos dois candidatos.
Irônico, Covas afirmou que a sanidade mental deveria ser um requisito de saúde para os candidatos. ``Ou a saúde é só o dedão do pé?", perguntou. ``Saúde é integral", afirmou.
Covas fez esse desafio ao saber que Rossi dissera, em entrevista à Folha, que que iria orar por sua saúde. Há oito anos, o candidato do PSDB fez cirurgia para implantar pontes de safena. Mais recentemente, teve problemas de apendicite e erisipela –infecção na pele.
``Tem muita gente doente por aí que precisa de muita oração, sem dúvida nenhuma", disse. ``Eu, neste instante, não tenho nenhum problema de ordem física, mental, ou de qualquer outra natureza".
Covas participou ontem de um churrasco para cerca de mil pessoas, na Vila Carioca, zona sul de São Paulo. O ato marcou o reinício de sua campanha a governador.
Apoios
Covas confirmou que seu partido está mantendo entendimentos com o PPR para apoiá-lo no segundo turno. Negou que as conversações incluam lideranças individuais, como o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf.
Segundo o candidato, todos os seus entendimentos para o segundo turno têm sido feitos com partidos. Mostrou-se satisfeito com o apoio que vai receber dos petistas.
Covas disse que o principal líder petista, Luiz Inácio Lula da Silva, tem uma ``vocação política inquestionável". Contou que tomou a iniciativa e telefonou para Lula após a derrota do petista.
O PSDB gastou R$ 22 mil para que uma empresa especializada servisse churrasco e chope para 4.000 militantes. Mas sobrou carne na festa covista. Compareceram cerca de mil tucanos.

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