São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994
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Antropólogo critica `não-governo' do Rio

LUIZ CAVERSAN ; MAURICIO STYCER
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Até a posse do novo governador, em 1º de janeiro de 1995, o Rio de Janeiro corre o risco de assistir novos episódios de violência protagonizados pela polícia, teme o antropólogo Rubem César Fernandes, presidente do movimento Viva Rio.
Na semana passada, a invasão da favela Nova Brasília por cerca de 150 policiais resultou na morte de 13 moradores –apenas três com antecedentes criminais.
Fernandes acha que esse momento, que sucede o primeiro turno eleitoral e antecede a posse do novo governador, mergulhou o Rio num ``período de não-governo".
Na opinião do antropólogo, o governador Nilo Batista demonstrou ``claramente" que não tinha nenhum controle do que estava se passando na favela Nova Brasília no dia do ataque policial aos supostos traficantes.
O Viva Rio, que Fernandes preside, é um movimento ``ecumênico" que reúne intelectuais, sindicalistas e empresários preocupados com a situação da cidade.
O principal objetivo do grupo é conseguir reunir numa mesma mesa representantes dos governos federal e estadual para debater alternativas ao estado de violência do Rio –meta que foi deixada para 1995.

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