São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994 |
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PT decide apoiar a candidatura de Covas
AMÉRICO MARTINS
Segundo resolução aprovada ontem durante o Encontro Estadual Extraordinário, nenhum petista deve participar de um eventual governo tucano e o partido se manterá na oposição, qualquer que seja o governador eleito. Os petistas estão liberados para subir nos palanques ao lado do tucano Mário Covas. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, definiu o apoio como ``crítico" e com condições. O PT não quer, por exemplo, a privatização de estatais. A aprovação do apoio ao PSDB foi possível porque houve uma composição de três tendências internas do PT –Unidade na Luta, Democracia Radical e parte da Hora da Verdade. Essa aliança venceu os setores mais radicais do partido por 512 votos a 396. Até ontem, avaliava-se que essa maioria seria mais folgada. Após a divulgação do resultado, um militante tentou agredir jornalistas e o senador Eduardo Suplicy. Foi retirado à força. A esquerda petista achava que o PT não devia apoiar nem Covas e nem o seu adversário, Francisco Rossi (PDT). A corrente O Trabalho, que pregava o voto nulo, abriu mão de sua proposta e passou a apoiar a resolução derrotada. O embate marcou a disputa interna entre os ``com voto", os moderados do partido que elegeram vários parlamentares, e os ``sem voto", encastelados na burocracia interna do PT. Após a contagem dos votos, um militante tentou agredir alguns dirigentes, como Cândido Vacarezza e o senador Eduardo Suplicy. Segundo Suplicy, o militante estava aparentemente bêbado. Texto Anterior: Sobre anjos e políticos Próximo Texto: Tucano quer apoio do PPR Índice |
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