São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994
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Bolsa sobe pelo segundo dia consecutivo

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas registraram alta nos índices de preços pelo segundo pregão consecutivo. Ontem, a Bolsa paulista registrou valorização de 2,64%, contra 4,58% no dia anterior.
O índice Bovespa está se recuperando da baixa acumulada de 21% nos primeiros 24 dias do mês.
Os operadores não acreditam que a alta nas cotações seja consistente, uma vez que o volume de negócios se reduziu (R$ 295 milhões) em relação ao dia anterior (R$ 341 milhões).
O mercado cambial está retomando o volume de negócios, após a paralisação ocasionada pelo compulsório sobre os financiamentos bancários.
O volume de câmbio contratado para exportação passou de US$ 55 milhões no dia 24 para US$ 97 milhões no dia 25. As importações passaram de US$ 123 milhões no dia anterior para US$ 143 milhões no mesmo período.
O Banco Central não atuou ontem no mercado cambial e as cotações ficaram praticamente estáveis.
Os juros estão em alta no Brasil e no exterior. Os juros dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) aumentaram 0,78% em relação à equivalência com o dia anterior.
Os juros dos títulos de 30 anos nos Estados Unidos eram ontem de 8,05%. Os juros passaram de 7,8% ao ano para o patamar de 8% a partir do dia 21.
As taxas de juros sobem nos EUA, por causa da ``guerra" comercial com o Japão e o temor de inflação.
As taxas de juros médias do over estão tendo alta gradual nos últimos dias, passando de 5,59% ao mês no dia 24 para 5,60% no dia 25 e para 5,61% ao mês ontem.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,130% no último dia 26. A taxa média do over foi de 5,61% ao mês. No mercado de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,68% ao mês.
CDB e caderneta
As cadernetas rendem 3,1728% no dia 27. Os CDBs prefixados para 30 dias pagaram entre 37% e 59,7% ao ano. Os papéis pós-fixados de 182 dias pagaram taxas entre 16,5% e 17% ao ano mais a TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,82% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): as taxas variaram entre 59,0% e 80% ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,75%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 46.637 pontos, com alta de 2,64% e volume financeiro de R$ 295,6 milhões, contra R$ 341,5 milhões no dia anterior. Rio: alta de 1,9% (I-Senn), fechando com 20.173 pontos e volume financeiro de R$ 52,77 milhões.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York atingiu 3.848,23 pontos ontem, contra 3.850,59 no dia anterior. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.298,50 pontos, contra 2.301,70 no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 19.746,35 pontos, contra 19.732,15 no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,852 (compra) e R$ 0,854 (venda). Segundo o Banco Central, o dólar comercial foi negociado no dia anterior a R$ 0,852 (compra) e por R$ 0,854 (venda). ``Black": R$ 0,855 (compra) e R$ 0,865 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,853 (compra) e R$ 0,860 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,835 (compra) e R$ 0,865 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,28%, fechando a R$ 10,69 o grama na BM&F, movimentando 885 quilos.
No exterior
Segundo a agência ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,6336, contra 1,6352 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4945 marco alemão, contra 1,4920 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 96,94 ienes, 96,76 no dia anterior.
A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 389,40, contra US$ 389,60 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,65% no mês; para novembro a 3,93% no mês e para dezembro a 4,26%.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,856 para outubro, a R$ 0,874 para novembro e a R$ 0,892 para dezembro.
O índice Bovespa no mercado futuro para dezembro fechou a 49.400 pontos.

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