São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994
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Maeda investe em fábrica de gordura

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

O consumo de gordura vegetal hidrogenada, ingrediente básico na produção de biscoitos, doces, sorvetes e chocolates industrializados, aumentou 20% em volume desde julho passado.
Interessado em tirar partido dessa onda, gerada pelo Plano Real, o grupo Maeda aciona hoje as máquinas de uma fábrica programada para produzir, dentro de dois anos, 50 mil toneladas da gordura.
Jorge Maeda, 43, vice-presidente do grupo, responsável pelo equivalente a 7% da produção nacional de algodão, a maior obtida por uma empresa, diz que o negócio foi planejado para coincidir com o plano econômico.
``O dinheiro da população de baixa renda vai migrar para a compra de alimentos", diz Maeda. ``Já há fábricas de biscoitos operando em três turnos", sorri.
Erguida em Itumbiara, distante 280 km de Goiânia, a nova fábrica demandou investimento de US$ 11 milhões, sendo a metade financiada por órgãos do governo.
Com a estréia no setor de gordura vegetal hidrogenada, o grupo, que emprega 1.200 funcionários, avança mais um degrau rumo à verticalização.
Além de ser o maior produtor de sementes de algodão (150 mil sacas anuais), fornece para indústrias de Blumenau (SC) 200 toneladas mensais de fios.
As linhas da nova fábrica serão abastecidas com óleo de algodão proveniente de uma indústria que a Maeda mantém na mesma cidade goiana.
A nova unidade vai engrossar o faturamento do grupo que, de US$ 75 milhões em 1993, deve saltar para US$ 110 milhões este ano.
``Japonês tem sonho no travesseiro", brinca, ao dar a pista do próximo passo da Maeda: outra fábrica de óleo, orçada em US$ 15 milhões.

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