São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 1994
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Voto manual faliu, diz Pertence

FLÁVIA DE LEON
ENVIADA ESPECIAL A RECIFE

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Sepúlveda Pertence, disse ontem em Recife (PE) que as fraudes na eleição no Rio provaram a falência total do sistema de votação e apuração manual dos votos.
Pertence voltou a defender a informatização ou mecanização da votação e da apuração já nas próximas eleições. A próxima eleição será para prefeito.
``A eleição municipal em 96 seria excelente para testar os diversos sistemas. Na pior das hipóteses, se sacrificará um pleito municipal", disse.
Para o ministro, a fraude no Rio é ``subproduto de crises mais profundas de setores da comunidade brasileira". Pertence afirmou que a Justiça Eleitoral não pode ``assumir sozinha a responsabilidade de uma crise que tem raízes muito mais profundas".
O ministro voltou a criticar o voto facultativo: ``É um grande risco de aumento da faixa de alienação política da cidadania."
Sepúlveda Pertence está se despedindo da presidência do TSE, pois vai assumir nos primeiros dias de novembro a vice-presidência do STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Carlos Velloso será o presidente do TSE.
Uma proposta de eleição eletrônica no país, elaborada por um juiz do Rio Grande do Sul, será apresentada durante o encontro que está ocorrendo em Recife com os presidentes de TREs de todo o Brasil.
O projeto do juiz Milton Loff prevê a votação em uma cédula semelhante a um volante de loteria esportiva.
Segundo Loff, a eleição eletrônica é ``econômica", já que reduz gastos como alimentação para os escrutinadores, e é ``confiável".
Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre

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