São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasil quer enfatizar economia na agenda para o encontro de Miami
JOÃO BATISTA NATALI
Ocorre que os EUA propõem a discussão de 14 pontos que excluem a economia e privilegiam assuntos como democracia e combate ao narcotráfico. A divergência transpareceu na abertura do 2º Fórum Mercosul-Nafta, em São Paulo, promovido pela USP e pelo Parlatino. O secretário-geral do Itamaraty, Roberto Abdenur, insistiu na importância da supressão, nos EUA, das barreiras comerciais e subsídios agrícolas. Também discorreu sobre a necessidade de agências como o Banco Mundial aumentarem seus investimentos nos programas de infra-estrutura do Continente e de acordos multilaterais para transferência de tecnologia. Outro participante, o ex-presidente Raúl Alfonsín, afirmou, sem nenhuma precaução diplomática, que "a reunião de Miami não será importante", mesmo porque -ironizou- aquela cidade é "péssima" e seu clima pouco agradável. A rigor, disse José Augusto Guilhon de Albuquerque, especialista na USP em assuntos internacionais, tanto Abdenur quanto Alfonsín reforçam a idéia de que mecanismos de integração só se viabilizam com uma dose de oposição a interesses regionais dos EUA. O presidente nacional da CUT, Vicente Paulo da Silva, disse que, na América Latina, a democracia só será mantida com crescimento econômico e ampliação do mercado de trabalho. Texto Anterior: O leite derramado Próximo Texto: Senado aprova Corrêa para influir no STF Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |