São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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Burocracia garantiu ascensão
VINÍCIUS TORRES FREIRE
A polêmica sobre o economista se limitou a uma portaria que regulava a carreira docente, que o beneficious e a outros professores da Unicamp em 1985/86. A portaria permitiu que ele, então secretário da Educação de Montoro, disputasse a sucessão do reitor José Aristodemo Pinotti, seu amigo, e de quem era o candidato. A portaria, publicada pela reitoria em maio de 1985 e baseada em decisão do Conselho Diretor da Unicamp, conferia a professores de nível MS-5 do quadro suplementar direitos do quadro permanente da universidade. Em junho de 1985, o Conselho Diretor promoveu Paulo Renato para o nível da carreira que permitiria sua candidatura a professor-titular, o MS-5. Em resumo: o economista ``pulou" o concurso e a defesa de tese de livre docência, como admite Pinotti. A discussão sobre a mudança institucional da Unicamp começara havia quatro anos e visava a reorganizar o quadro docente. Segundo Pinotti, a universidade ficou 21 anos, até 1984, sem concursos para professor-titular, o título mais alto da carreira e requisito para a disputa da reitoria. Em dezembro de 1985, o Conselho Diretor da Unicamp decidiu submeter a portaria ao Conselho Estadual de Educação (CEE). O CEE, presidido pelo secretário da Educação, decidiu transformar parte da portaria em decreto. No dia em que este foi publicado no ``Diário Oficial", Paulo Renato era aprovado no concurso para titular, com grau máximo. Paulo Renato publicou três livros. ``Quem Paga a Conta? Dívida, Déficit e Inflação nos anos 80" (Brasiliense, 1989), ``O Que são Empregos e Salários" (Coleção Primeiros Passos, Brasiliense, 1981) e ``Empregos, Salários e Pobreza" (Hucitec/Funcamp, 1980). (Vinicius Torres Freire) Texto Anterior: O PILOTO DA TRANSIÇÃO Próximo Texto: Situação em Minas e DF se inverte Índice |
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