São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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Candidatos do ES tentam mudar imagens
FERNANDO MOLICA
O deputado estadual e ex-cabo da Polícia Militar Dejair Camata (PSD) nega que seja favorável à execução sumária de bandidos. Sua campanha é baseada no combate ao crime. Ex-prefeito de Vitória, o médico e professor universitário Vitor Buaiz (PT) procura negar que, eleito, se transformaria em prisioneiro do PT. Os problemas com o partido estiveram entre os maiores de Buaiz na prefeitura. Cabo Camata nega que em agosto do ano passado tenha dito na Assembléia Legislativa que, quando atuava no norte do Estado, queimava supostos estupradores, assaltantes e traficantes. ``Botávamos pneu em cima para queimar, não sobrava nem o dedinho", afirmou Camata, de acordo com uma cópia de sua intervenção. Para o senador e ex-governador Gérson Camata (PMDB), Buaiz não ganhou no primeiro turno porque, na última semana de campanha, recebeu o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Até a última sexta-feira, não havia sido agendado nenhum evento com Lula no Estado. Buaiz conquistou apoios pouco comuns ao PT. Um deles é do empresário Camilo Cola, presidente do grupo Itapemirim, Cabo Camata diz que Cola está com Buaiz em troca de uma futura anistia fiscal. Cola e Buaiz negam a acusação. Bispos Cinco bispos católicos do Espírito Santo divulgaram, na semana passada, um manifesto que, apesar de não citar o nome de Cabo Camata, condena sua candidatura. Texto Anterior: SAÚDE; EDUCAÇÃO; SEGURANÇA; DESEMPREGO Próximo Texto: Adversários sofrem acusações Índice |
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