São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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Pintora cochila na partida do Brasil Barulho não atrapalhou a artista PATRICIA DECIA
O barulho das cornetas e gritos de guerra não impediu o descanso da artista. A ``sesta" teria sido provocada pelo calor. ``Estou cansada e a temperatura me deixou mole", disse. Márcia, radicada em Nova York desde 1978, veio ao Brasil participar da 22ª Bienal Internacional de São Paulo e para uma exposição retrospectiva de 20 anos de carreira no Masp. Ela só resolveu ir à partida de vôlei após os apelos do sobrinho Júlio, 9, que a acompanhou ao ginásio. Desconhecendo quase totalmente as regras do jogo, ela perguntava ``já acabou?" toda vez que algum técnico pedia tempo e nos intervalos para troca de quadra, entre os sets. Durante a partida, Márcia se mostrou mais impressionada pela torcida do que pelos ataques, bloqueios e recepções. ``O colorido e o clima das pessoas torcendo é muito emocionante. Nos Estados Unidos, mesmo os fanáticos são mais comedidos", disse. Mas as atletas também foram elogiadas, principalmente por sua forma física: ``é bonito ver as mulheres, elas são grandes". A ``loucura" do ginásio Ibirapuera –multidão, calor e dificuldade para circular– não incomodaram a artista. ``Faz parte", afirmou. Mesmo assim, Márcia preferiu sair antes do fim do jogo, mais precisamente quando o Brasil fez o 13º ponto do 3º set. Na porta do ginásio, Márcia e Júlio fizeram um ``pit-stop" em uma barraquinha de cachorro-quente. Após o sanduíche, com recheio apenas de mostarda e batatinhas, a artista foi a um carrinho de doces, a pedido do sobrinho, e comprou um brigadeiro (para ele) e um doce de batata roxa (para ela). ``Está tudo super bem organizado, tanto dentro do ginásio como a venda de comida aqui fora", afirmou. Texto Anterior: 'É fácil entender as instalações' Índice |
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