São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Encol abre empresa na Argentina

SÔNIA MOSSRI
DE BUENOS AIRES

A Encol Argentina será o primeiro passo de internacionalização da construtora, que também vai operar em outros países da América do Sul.
A Encol inicia a expansão internacional da empresa com a construção de dez edifícios de apartamentos em Buenos Aires, que renderão mais de US$ 120 milhões até o final de 95.
A Argentina é apenas a primeira etapa da internacionalizacão da empresa. O diretor regional da Encol Argentina, Luiz Fernando Lucho do Valle, disse que no prazo de quatro anos a construtora também vai operar no Uruguai, Paraguai e Chile.
O ingresso da Encol acirrou a concorrência no setor de construção civil no país. Ela opera com custos de produção inferiores aos praticados pelos argentinos.
Na Argentina, a Encol tem um custo de US$ 400 por metro quadrado construído. Os concorrentes argentinos trabalham com o custo médio de US$ 600.
No Brasil, o custo é mais baixo (US$ 350) porque os salários são menores. O executivo observa que os custos da empresa são mais baixos devido aos investimentos em tecnologia, mediante projetos com a USP e Universidade de São Carlos.
Além disso, a empresa também conseguiu diminuir os custos de construção com programas para elevação da produtividade e pelo volume de compras realizadas no mercado anualmente.
A sede da Encol em Buenos Aires foi inaugurada na última quinta-feira. De acordo com Valle, a empresa elegeu a construção de imóveis para a classe média como o ponto forte na Argentina.
O primeiro empreendimento será o ``Green Park Tower", localizado no bairro Palermo, em Buenos Aires.
São apartamentos de dois quartos. Serão vendidos por US$ 150 mil. Destinam-se especialmente a jovens, casais sem filhos ou divorciados. O edifício tem sauna, salão de festas e sala de jogos.
O objetivo da Encol é oferecer imóveis financiados para a classe média com prestações fixas entre US$ 700 e US$ 2.000. Isto quer dizer que o cliente potencial da construtora tem uma renda familiar que oscila entre US$ 2.300 e US$ 6.700.
Em 94, a previsão do diretor-presidente da Encol, Pedro Paulo de Sousa, é de um faturamento de US$ 1,7 bilhão. Ou seja, um crescimento de mais de 50% em relacão a 93 (US$ 1,1 bilhão).

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