São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Outras religiões também têm crescimento

DA REPORTAGEM LOCAL

O padre Manoel de Godoy, 37, coordenador da Pastoral Vocacional da CNBB diz que a procura pela religião não aumenta só entre os católicos. Em outras religiões como o judaísmo, budismo e nas igrejas evangélicas, o número de joven interessados também cresce.
No caso da Igreja Católica, o padre acha que o interesse dos jovens se deve aos trabalhos sociais que a igreja vem desenvolvendo. ``Trabalhamos com aidéticos e prostitutas. Esse tipo de ação interessa os jovens idealistas", diz.
O rabino Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista, diz que também no judaísmo, a procura pela vida religiosa aumentou. ``Os jovens estão se interessando mais pelo andamento da vida religiosa", diz.
Nas igrejas evangélicas o fenômeno se repete. ``O interesse dos jovens é muito grande. Eles não buscam só a função de pastores, mas muitos são obreiros (pessoas que trabalham fazendo trabalhos nas igrejas) e outros dirigem ministérios (grupos religiosos)", diz André Luís de Mello, 24, seminarista presbiteriano que estuda religiões evangélicas no Iser (Instituto de Estudos da Religião)
Para ele, isso acontece porque nas igrejas evangélicas os jovens tem um papel ativo. ``Eles podem agitar muito", diz.
No budismo a procura dos adolescentes também é grande. ``Os jovens procuram o budismo porque é nessa hora que eles têm uma maior inquietação existencial", diz André Peixoto, 27, também do Iser.
Segundo Lakmana, 19, líder da seita Hare Krishna, em São Paulo, a maioria das pessoas que procuram a seita Hare Krishna são jovens. Ele observa a vida espiritual dos devotos e cuida da organização do templo.
Lakmana diz que a procura pela seite tem aumentado. ``Os jovens estão frustrados. Querem buscar novos valores para suas vidas."

Texto Anterior: Vida nos seminários volta a atrair jovens
Próximo Texto: Meus camaradas não têm mais o que fazer?
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.