São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Garotinho tenta subir morro e tráfico o impede
SERGIO TORRES
A decisão foi tomada depois que um emissário seu foi aconselhado por moradores a levar a campanha à favela só no fim-de-semana. Traficantes do Borel estão em guerra com a quadrilha de um morro vizinho. O presidente da associação de moradores, José Ivan Dias Brito, 38, disse que o adiamento foi decidido porque não havia tempo de "preparar" a visita de Garotinho. Ele se referia à necessidade de a visita ser autorizada por Antônio Alicate, chefe do tráfico no Borel e, segundo a polícia, ligado à facção criminosa CV (Comando Vermelho). O candidato Anthony Garotinho, 34, disse considerar normal o envio de emissário às favelas nas vésperas das visitas. "Você acha que as pessoas vão adivinhar que você vai passar por ali?", perguntou Garotinho em resposta à Folha. A maior parte dos 55 mil moradores trabalha fora da favela, disse Jaime Muniz Martins, 31, o emissário de Garotinho ao morro. Martins foi ao Borel anteontem. Conversou com dirigentes da associação de moradores, que o orientaram a agendar a ida do candidato à favela no sábado ou domingo. Martins integra a equipe da senadora eleita Benedita da Silva (PT), que acompanhou Garotinho no corpo-a-corpo pelas favelas. Como Garotinho não tem penetração nas favelas, Benedita –moradora do morro Chapéu Mangueira, zona sul–, pôs sua equipe à disposição do pedetista. LEIA MAIS sobre a violência no Rio às págs. 3-1 e 3-3 Texto Anterior: SAÚDE Próximo Texto: Programa do PDT é suspenso Índice |
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