São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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País inteiro poderá ver eclipse do Sol
DA REPORTAGEM LOCAL Amanhã acontece o último eclipse solar total visível do Brasil neste século. O próximo ocorre em 2046.No eclipse, a Lua vai passar na frente do Sol. Nas áreas em que a sombra da Lua for projetada sobre a Terra, o dia vai escurecer. Apenas de uma faixa no sul do país poderá ser possível ver o eclipse total (veja mapa ao lado). No resto do país, o fenômeno poderá ser visto parcialmente. Em São Paulo, o eclipse será visto a partir das 9h40. A ocultação máxima (85% do Sol encoberto) ocorrerá às 10h56. Os interessados em assistir o eclipse poderão participar de um curso gratuito hoje, das 9h às 12h, promovido pelo Observatório Astronômico de Diadema. O público receberá orientações para ver seguramente o eclipse. Em São Paulo, o Planetário, no parque Ibirapuera, estará instruindo e emprestando equipamentos para quem quiser ver o eclipse. Seis professores da instituição estarão com lunetas e telescópios apontados para o Sol mostrando o fenômeno aos visitantes. A imagem do Sol encoberto poderá ser vista refletida em cartolinas, diz o professor de astronomia do Planetário, Paulo Varella. O Instituto de Astronomia e Geofísica e a faculdade de Física, da USP, vão montar quiosques na Cidade Universitária para que os alunos observem o eclipse. Ou seja: cobre-se um espelho comum com papel. Depois, abre-se uma janela no papel, quadrada ou redonda, tanto faz. Aponta-se o espelho para o Sol e observa-se o reflexo da imagem do Sol numa parede, de preferência plana. Outro sistema seguro, ainda segundo Costa, é a utilização de filme fotográfico preto e branco velado (ou de raio X velado). Junta-se três ou quatro camadas do filme e olha-se para o Sol. Mas é preciso que seja filme preto e branco, já que o colorido deixa passar raios ultravioleta, nocivos para o olho. Nunca se deve olhar para o Sol sem filtros. Um teste possível para checar se o filtro está perfeito é aproximá-lo de uma lâmpada de 100 watts acesa. Se der para ver apenas o filamento da lâmpada, o filtro estará apto para ser usado. Mas, ao contrário, se passar luminosidade, será necessário reforçar o filtro com mais uma camada de filme velado. Curso: Observatório Astronômico de Diadema, telefone (011) 445-7700, inscrições gratuitas, vagas limitadas. Planetário: Parque Ibirapuera, tel. (011) 575-5206 Texto Anterior: Folha volta a participar este ano da campanha pelo Natal sem fome Próximo Texto: Programa corta em 50% taxa de infecção de HIV Índice |
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