São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Mistério desfeito

Dois dias antes da eleição no Paraná, comitês de alguns candidatos a deputado pelo PMDB e PP receberam um telefonema misterioso. A voz identificava-se como sendo do comitê central da campanha ao governo de Álvaro Dias, da coligação desses dois partidos.
Informava que os candidatos deveriam buscar material de boca-de-urna num endereço na periferia de Curitiba. A pessoa acrescentava detalhes atraentes: eram 500 vales-refeição, autorização para compra de combustível e milhares de camisetas. A notícia entusiasmou os comitês.
Na manhã seguinte, bem cedinho, chegavam ao endereço indicado vários auxiliares dos candidatos. Procuravam, procuravam, e nada de material de campanha. Perderam a longa viagem.
Somente agora o mistério foi desfeito: os telefonemas foram dados por ordem de Maurício Fruet (PMDB), candidato a vice de Álvaro Dias. Fruet queria se vingar de candidatos a deputado que, segundo ele, haviam se bandeado para apoiar Jaime Lerner (PDT).
– Apareceu gente até com camionete para pegar material! –comemora Fruet, apesar da derrota.

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