São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Polícia Federal vai mandar 200 homens ao Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No Ministério da Justiça, o ministro Alexandre Dupeyrat começou a discutir com a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) a participação dos dois orgãos na operação antiviolência no Rio.
O diretor da PF, coronel Wilson Romão, disse que a ação não deve começar nesta semana. Antes, outra medida será tomada além da nomeação do coordenador: o deslocamento de policiais federais para o Rio.
Segundo Romão, pelo menos 200 policiais federais serão deslocados das 57 unidades da PF. Eles vão se juntar aos 500 policiais federais já existentes no Estado.
A Polícia Rodoviária Federal fará barreiras nas rodovias de acesso ao Rio. A Marinha fará o controle sobre a chegada de embarcações e a Aeronáutica, sobre a chegada de aviões no Estado.
Nos casos em que forem identificados carregamentos de cocaína ou contrabando de armas, os órgãos encaminharão os responsáveis à Polícia Federal para que sejam presos.
Subir o morro
Para Romão, subir os morros para combater os traficantes é "muito relativo". Ele disse que é preciso "sanear as extremidades" através do bloqueio de rodovias, da orla marítima e dos portos, aeroportos e rodoviárias.
"Nós não vamos chegar e ir subindo em favela, mas se for necessário, subiremos", afirmou Romão.
"Há 12 anos estes morros foram abandonados pelos governos do Estado e do município. O governo anterior dizia que a polícia não podia subir para não molestar o povo. E desde quando a polícia molesta?", disse.
O diretor da Polícia Rodoviária Federal no Rio, Adair Marcos Scorsin, disse que a Polícia Rodoviária precisará de armamentos, como escopetas, submetralhadoras e pistolas para trabalhar nas blitze. Além dos pontos normais de blitz, serão improvisados outros postos.

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