São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Souza Cruz sai do vermelho
FRANCISCO SANTOS
Apesar de uma recuperação média de 10% no mercado de cigarros após o Plano Real, este não foi o principal motivo da reversão do resultado. A alta de preços ocorrida no mercado internacional de celulose fez com que a Aracruz tivesse uma participação de R$ 32,6 milhões (US$ 38,2 milhões) no resultado da Souza Cruz. Outra parte do resultado –R$ 11,3 milhões (US$ 13,3 milhões)– foi decorrente de ganhos com aplicações financeiras, aproveitando os juros favoráveis. Segundo Cabral, a melhoria no mercado de cigarros fez com que esse segmento, o principal ramo de negócios da empresa, saísse do vermelho, mas ainda não foi suficiente para que ele tivesse influência significativa nos lucros. Ela vendeu nos primeiros nove meses deste ano 59,6 bilhões de unidades, contra 69,5 bilhões de janeiro a setembro de 93. O mercado brasileiro de cigarros caiu 10,9% no período. A participação da Souza Cruz no mercado caiu de 79,9% para 76,9%. Segundo Mílton Cabral, as vendas da empresa tiveram recuperação em outubro e a participação voltou a se aproximar dos 80%. Os investimentos da Souza Cruz nos três primeiros trimestres deste ano somaram US$ 65,7 milhões, com aumento de 31,4% em relação ao mesmo período de 93. O presidente da Souza Cruz, Antônio Monteiro de Castro, disse que o setor de cigarros negocia com o governo uma redução da carga tributária, hoje de 73,55%. Ele quer uma queda de 4 pontos. A redução de impostos seria acompanhada de uma queda de 5% nos preços do cigarro. Com isso, Castro afirma que seria possível reverter a crescente participação do cigarro contrabandeado no mercado, que passou de 10% no final de 93 para 15% em setembro. Texto Anterior: Socôco lança água de coco em tetrapack Próximo Texto: Usando recursos de terceiros Índice |
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