São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Preparação é de uma semana

UBIRATAN BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL

O esquema de policiamento dos jogos é feito com antecedência de, no mínimo, uma semana.
A quantidade policiais envolvidos e sua distribuição no estádio e arredores depende da importância da partida.
No clássico do São Paulo contra o Palmeiras, domingo passado, no Morumbi, 320 policiais participaram do esquema.
"Cuidamos basicamente da área de dentro do estádio", conta o tenente-coronel Gérson Resende, comandante do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Os policiais chegam às 11h, quando o estádio é previamente revistado. "Já nesse momento encontramos garrafas, pedras e paus escondidos em banheiros e forrações", conta o sargento Hélio Gonçalves.
Se os fiscais da Federação Paulista de Futebol não atrasam, os portões são abertos às 13h, quando também começa a revista.
As torcidas organizadas são liberadas depois de se conferir o material trazido.
Antes dos jogos, os chefes das facções são obrigados a enviar, por fax, a relação dos objetos, como bandeiras e instrumentos musicais.
A entrada também é direcionada: cada time tem um portão exclusivo para a entrada de sua torcida.
Com a violência crescente, os policiais sempre andam em grupos de no mínimo três homens. Com isso, nunca menos que 70 policiais cuidam da segurança dos estádios.
"Em 84, 40 policiais cuidaram do Pacaembu lotado (70 mil torcedores) e não
aconteceu nada", lembra Gonçalves.
(UB)

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