São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Skank adere à fusão com ritmos regionais FERNANDA DA ESCÓSSIA FERNANDO DA ESCÓSSIA
O calango, o ritmo, é uma espécie de duelo em que duas pessoas improvisam, geralmente com humor, um diálogo sobre um tema, acompanhado por música. Lembra os "desafios de viola" entre repentistas nordestinos. "Calango", o disco, é um mix dançante dos ritmos que influenciaram o grupo: rock, reggae, "dance hall" (variação do reggae jamaicano), música popular e até baião. "É uma mistura das nossas referências universais com o que temos da nossa essência, da nossa terra", explica o vocalista do grupo, Samuel Rosa, 29. "Esses elementos regionais é que garantem identidade à música", diz Rosa. Para ele, o caminho para a música brasileira é conseguir estar aberta à música mundial sem cair num padrão, na uniformidade. Rosa diz que não teme o rótulo de "regionalista" ou "nacionalista" porque o grupo não faz só uma reprodução da música regional, mas um cruzamento de ritmos. Segundo Rosa, entre as 11 faixas, só há um "calango" típico: "A Cerca", uma discussão entre dois caipiras mineiros que disputam um terreno. Além de dez composições assinadas pelo grupo, o disco traz ainda a regravação do Skank para "É Proibido Fumar", sucesso de Roberto Carlos. A regravação de sucessos é um prazer da época em que o grupo tocava em bares de Belo Horizonte. O primeiro disco, "Skank", tinha regravações de Jorge Ben Jor. "Calango já vendeu, segundo a gravadora, cerca de 50 mil cópias. A partir deste fim-de-semana, o Skank tem turnê programada para o Sul do país e depois segue para o resto do Brasil. Texto Anterior: Aceite o medo para não ocultar vaidade Próximo Texto: Quero ser católico e o papa não deixa! Índice |
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