São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Quero ser católico e o papa não deixa!
JOSÉ SIMÃO
Aí os tanques saem do pé do morro e vão pra porta do banco. Aí os traficantes voltam a traficar e os tanques voltam pros morros. Vai ser o maior Tom e Jerry! E um outro traficante diz que eles não vão reagir. Quando o Exército for embora, eles voltam e compram tudo de novo! É mole? É mole mas sobe! E uma amiga me liga perguntando: "O que vai vender mais, o livro do papa ou o livro da Lady Di?" Do papa! Que é contra a camisinha, contra a gula, contra o aborto e contra o homossexualismo. Não pode nada! Eu quero ser católico mas o Papa não deixa. É o maior desmancha-prazer! O papa é contra a cama! Porque dormir a gente dorme em qualquer lugar! A Giorgi Nicoli que se cuide! Rarará! Tá no ar mais uma calúnia do Macaco Simão! E na minha cruzada "Chega de Sacanagem Contra os Outros" vou defender os intelectuais existencialistas Sartre e Simone de Beauvoir. Uma mulher lançou uma biografia caluniando os dois. Sendo que ela era amante dos dois! Do Sartre e da Simone! Ô bando da Lua! Era amante dos dois e agora calunia os dois. Então ela não cuspiu no prato que comeu. Cuspiu no prato que foi comida. Rarará! Ela diz que Sartre era cafajeste. Normal! E que a Simone era mentirosa e traiçoeira. Normal! E quem não é? Como diria aquele personagem pinguço do Chico Anysio. Mito também é gente! Tão demolindo os mitos! Todo dia é um. Não tão deixando por menos. Subiu um degrau, lá vai pedra! Rarará! E adorei o apelido da Simone de Beauvoir: Castor. Agora só falta o Castor ser apelidado de Simone! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Quem fica parado é poste! Texto Anterior: Skank adere à fusão com ritmos regionais Próximo Texto: Inteligência está além dos testes de QI Índice |
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